quarta-feira, janeiro 18, 2006

PORTOGAIA

Criá-la, ideia sem paternidade, repescada por Filipe Meneses e (quixotescamente?) defendida por Paulo Rangel, terá mais valias, mas não as encontro nessa tosca defesa. A ideia sabe-me a uma refundação nacional, a Porto Cale, a um tempo passado, e, sobretudo, parece-me deparar com a escassez de pontes entre as duas cidades…

Melhor seria se os responsáveis por estas cidades se articulassem para levar a cabo projectos de gabarito e não de campanário, que as projectassem neste canto da europa.

Já aqui sugeri (quixotescamente?) um projecto de dimensão internacional para toda a zona do Porto ribeirinho, que então designei por Porto Cosmopolita. Permitiria a recuperação daquela zona − coisa que com capitais nacionais será uma quimera − e povoá-la-ia com gentes estrangeiras que aqui despenderiam os seus proventos. Trata-se de um projecto exequível, comercialmente vantajoso e que retomaria a tradição histórica de aquelas zonas serem muito povoadas por estrangeiros.

Um ilustre cidadão portuense devolveu-me a proposta com um comentário: “Fico à espera do que diz Rui Rio”.
Comentou bem. Mas penso ser sempre possível as pessoas rasgarem véus que as tolhem, compreenderem o interesse dos que representam com um horizonte maior e colocarem-no acima do seu.