sexta-feira, dezembro 23, 2005

SHERLOCK HOLMES E A SANITA

Quando leio Borges, sinto a minha inteligência respeitada, a minha sensibilidade ampliada e um julgar em excesso a minha tosca erudição.

Pela sua mão, sou levado a reparar, divertido, que Sherlock, esse que não gostava de rosas, pelo menos de algumas, das que se entretinha a desfolhar, e de que, por isso e ao mesmo tempo, também gostava, esse Sherlock hermafrodita, ermo de Afrodite, narcisista, não frequentava a casa de banho! E, contudo, sobrava-lhe tempo.