segunda-feira, fevereiro 06, 2006

LER DEPRESSA

Miúdo ainda, devorava livros de todas as formas, feitios e géneros. Aos 12 anos dei como comigo a ler o Robinson Crusoé. Seguiram-se a colecção Vampiro e todo o Emílio Salgari, um ritmo vertiginoso. Quando me perguntaram como conseguia ler tantos livros, respondia: “Gosto de acção! Só leio os diálogos!”.

Hoje, um colega e amigo contou-me que um antigo professor, o Manuel Miranda, responsável então pela disciplina de Mecânica Racional na Faculdade de Ciências do Porto, teria explicado aos alunos como lia um romance em menos de meia hora, nem que fosse o Ulisses, do James Joyce: começa-se por ler as últimas páginas, para ver como acaba a história; então lê-se as primeiras para se perceber quem é quem; se restarem dúvidas, lê-se algumas do meio…