NÃO HÁ TEMPO
Desço da montanha.
Desço da montanha.
Não tenho a suposta calma do mar profundo.
Aqui, o tempo escoa-se-me por entre os dedos que teclam, furiosa e insanamente, verbos que deviam ser ideias.
Espelhos estilhaçam-se no torvelinho desta mente sem tempo.
E recuso os adornos com que os homens insistem continuadamente em o encobrir.
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