domingo, abril 16, 2006

NÃO HÁ TEMPO

Desço da montanha.

Não tenho a suposta calma do mar profundo.

Aqui, o tempo escoa-se-me por entre os dedos que teclam, furiosa e insanamente, verbos que deviam ser ideias.

Espelhos estilhaçam-se no torvelinho desta mente sem tempo.

E recuso os adornos com que os homens insistem continuadamente em o encobrir.

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