quarta-feira, julho 13, 2005

OUSE, SR. PRIMEIRO MINSTRO!


Ouse mobilizar Portugal em torno de um projecto que mobilize toda a Nação, evite jogar nas tradicionais e duvidosas obras megalómanas, a pretexto de que arrastam o desenvolvimento da economia, principalmente numa OTA, em que os preços do petróleo, daqui a una 10 anos poderão pôr em causa. Insistirá V. Ex.ª em querer investir os sacrifícios que a todos pede em tal "casino"?

E contudo, V. Ex.ª pode transformar o turismo residencial num projecto mobilizador das gentes deste país, se nesse sentido ousar encaminhar-nos.

Desde logo temos condições excelentes para abordar o mercado dos países frios europeus: temos talvez o clima mais ameno da Europa e estamos a 2 ou 3 horas de distância; temos um excessivo parque residencial que temos de rentabilizar, embora tendo que recuperar parte dele; temos uma mão de obra que facilmente se formará nas aptidões que a tal são necessárias.

Crie V. Ex.ª condições para que a sociedade civil arranque com mil e um projectos no sentido de fixar em Portugal, nos próximos dez anos setecentos ou oitocentos mil desses cidadãos. Crê-me lunático? Julgo que não. É tudo uma questão da forma de fazer as coisas. Venda-se não as residências, mas o seu usufruto, por preço barato e prazo limitado. Crie-se condições para que seja a banca nacional a financiar essas aquisições, em troco de garantias a exigir aos compradores estrangeiros. Modernize-se a saúde, que para os seniores é importante; melhora-se a segurança de pessoas e bens; aumente-se a oferta e a animação cultural; ofereça-se aos compradores que a tal estejam aptos, que participem no desenvolvimento do nosso país; criem-se os incentivos tendentes à miscigenação cultural.

Compreendo que a ideia possa não agradar a quantos se não sentem capazes de a levar em frente, nem aos que confundem este projecto com o aluguer de camas e ficam temerosos das suas consequências nos seus negócios, o que é obviamente errado. Mas se queremos ir frente, e não ao fundo, é preciso ousar, o que não é, como cada vez mais povo sente, a construção de uma OTA.

A ver vamos!

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