quinta-feira, janeiro 10, 2008

AS DIFERENÇAS DE RENDIMENTOS

Cavaco Silva chamou a atenção para a demasiada desigualdade de rendimentos entre os pobres e os ricos portugueses. E logo uma mesa de comentadores - A. Lobo Xavier, Jorge Coelho e J. Pacheco Pereira - palrou sobre a questão.

Mal. Nenhum teve a sensibilidade para compreender que a demasiada desigualdade de rendimentos é um empecilho ético à democracia. Questão que se coloca na grande maioria das democracias ocidentais e que as corrói. Mas em Portugal mais, como em tantas outras coisas, para nossa desdita.

Depois, A. Barreto e José M. Júdice – porque são sempre os mesmos? os outros também querem ganhar dinheiro! - aparecem justificando aquela mesmíssima opinião, com o Estado a poder recorrer a maior percentagem do IRS nestes casos, se assim o entender. O Estado isto, o Estado aquilo. Serão alguma coisa sem o Estado? É o Estado quem faz a democracia? E ao mesmo tempo defendem que o Estado não deve impor a moral?!

Quanto a Cavaco, não sei se abordou a questão por razões da ética democrática, se o fez para ou por "ser bonzinho". Mas disse bem. Honra lhe seja feita!

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