A ti que ajudas na fuga
De si àquele que te tem
A ti que levas amor
A famintos sem ninguém
A ti que me aqueces do frio
E que me enganas a fome
A ti que enches o vazio
Daquilo que não sinto
A ti, pá, uma figa!
A ti que fazes em mil cores
O grito que me vai no peito
A ti que tornas em músicas
Mil desgostos que alimento
A ti, pá, uma figa!
Já ouço vozes alegres
Que gargalham lá fora!
Vamos todos de mãos dadas!
Por ti, vinho, embebedo-me!
Dedicado, com um abraço, ao meu amigo Francisco M Mendonça, que um dia talvez o leia e que das lembranças que lhe traga talvez se sorria.
C. Marques Pinto, Fevereiro de 1973
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