LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE
O termo igualdade surge-me aqui desajustado. Todos os porcos são iguais, mas uns são mais iguais que outros. É este o engodo da igualdade ao longo de toda a história. E vejo pessoas inteligentes com um inexplicável apego, diria quase religioso, pela igualdade!
Ora a vida é a desigualdade, é o diferente. Darwin ensinou-nos o constante e incontável surgimento de novas espécies. E ensinou-nos que só sobrevivem as que se adaptam ao seu entorno. E é isto que torna a vida um maravilhoso desafio.
Outra lei natural, a da construção do complexo, a da oposição à entrópica desarmonia, tem sido também desafio do homem. Que procura gerir, coordenar o agir das partes diferentes.
Mas entre o constante surgimento do diferente e a necessidade humana de o coordenar, a lei da preguiça colocou a excepcional igualdade matemática. Alguém, algures, ciente deste humano horror à descoordenação, à discórdia, ao sofrimento, propôs desatinadamente que se o resolvesse com a busca da igualdade.
A inadequação do termo ao fim visado foi utilizada para justificar muitos e muitos milhões de mortos ao longo da história dos homens.
E porque é conveniente, recordo aos que buscam o equilíbrio, que logo a seguir à revolução francesa, Robespierre eliminou muitos milhares de homens com o pretexto igualitário. E recordo-lhes ainda os milhões que Estaline mandou eliminar com o mesmo pretexto. Não idolatrem o termo. Mudem-no, que os símbolos devem servir a harmonia.
Filósofos houve que meteram ombros à tarefa de explicar porque igualdade não queria dizer igual, esquecendo que o igual é a excepção, o limite, o abstracto. E depois de múltiplos argumentos, contra-argumentos, ajustes, parece terem concluído pelo óbvio: pelo princípio igualitário que, dizem, estipula o dever-se consideração ao sofrimento e à felicidade alheios.
Por outras palavras: as coisas e os seres não podem ser tratados como iguais, pois não o são, felizmente, digo eu, mas têm de ser respeitados. E aqui está o termo correcto: respeito. Respeito por tudo o que nos cerca, esse tudo que nos faz e que também somos.
Desta feita, quero celebrar a continuada desigualdade, a continuada diferença, pilares da vida e do universo. E quero celebrar o continuado respeito a que elas nos obrigam.
Liberdade, respeito e fraternidade, sim!
O termo igualdade surge-me aqui desajustado. Todos os porcos são iguais, mas uns são mais iguais que outros. É este o engodo da igualdade ao longo de toda a história. E vejo pessoas inteligentes com um inexplicável apego, diria quase religioso, pela igualdade!
Ora a vida é a desigualdade, é o diferente. Darwin ensinou-nos o constante e incontável surgimento de novas espécies. E ensinou-nos que só sobrevivem as que se adaptam ao seu entorno. E é isto que torna a vida um maravilhoso desafio.
Outra lei natural, a da construção do complexo, a da oposição à entrópica desarmonia, tem sido também desafio do homem. Que procura gerir, coordenar o agir das partes diferentes.
Mas entre o constante surgimento do diferente e a necessidade humana de o coordenar, a lei da preguiça colocou a excepcional igualdade matemática. Alguém, algures, ciente deste humano horror à descoordenação, à discórdia, ao sofrimento, propôs desatinadamente que se o resolvesse com a busca da igualdade.
A inadequação do termo ao fim visado foi utilizada para justificar muitos e muitos milhões de mortos ao longo da história dos homens.
E porque é conveniente, recordo aos que buscam o equilíbrio, que logo a seguir à revolução francesa, Robespierre eliminou muitos milhares de homens com o pretexto igualitário. E recordo-lhes ainda os milhões que Estaline mandou eliminar com o mesmo pretexto. Não idolatrem o termo. Mudem-no, que os símbolos devem servir a harmonia.
Filósofos houve que meteram ombros à tarefa de explicar porque igualdade não queria dizer igual, esquecendo que o igual é a excepção, o limite, o abstracto. E depois de múltiplos argumentos, contra-argumentos, ajustes, parece terem concluído pelo óbvio: pelo princípio igualitário que, dizem, estipula o dever-se consideração ao sofrimento e à felicidade alheios.
Por outras palavras: as coisas e os seres não podem ser tratados como iguais, pois não o são, felizmente, digo eu, mas têm de ser respeitados. E aqui está o termo correcto: respeito. Respeito por tudo o que nos cerca, esse tudo que nos faz e que também somos.
Desta feita, quero celebrar a continuada desigualdade, a continuada diferença, pilares da vida e do universo. E quero celebrar o continuado respeito a que elas nos obrigam.
Liberdade, respeito e fraternidade, sim!